A pequena casa das Irmãs Fox é sem dúvida uma das casas
mal-assombradas mais importantes de todas, visto que o fenômeno serviu de base
para outros casos de assombrações e até lançou uma religião. Em 11 de dezembro
de 1847 o pai, membro da Igreja Metodista, a mãe e duas das filhas mais novas
da família Fox mudaram-se para uma casa em Hydesville, em Nova Iorque. A casa
já seria tida como mal-assombrada devido aos estranhos barulhos ouvidos e os
inquilinos anteriores, a família Weekman, teriam saído justamente por causa dos
incômodos barulhos. Depois de algum tempo as duas jovens irmãs chamadas Maggie
e Katie Fox supostamente começaram a comunicar com o fantasma de um vendedor
assassinado. As irmãs, como em uma sessão de espiritismo amadora, teriam feito
perguntas ao espírito, e ele as respondia com batidas ou barulhos misteriosos.
Muitas pessoas, incluindo a mãe delas, ficaram impressionadas com o que parecia
ser um contato verdadeiro com o morto. Mais tarde, as duas irmãs admitiram que
inventavam os sons que não havia nenhum vendedor assassinado, tudo tinha sido
uma travessura. Baseado na experiência de comunicação com os mortos através de
sons, foi criado o Espiritualismo,
que ainda é praticado.

Os acontecimentos de Hydesville
Na noite da primeira perturbação, todos nos levantamos, acendemos uma
vela e procuramos pela casa inteira, enquanto o barulho continuava e era ouvido
quase que no mesmo lugar. Conquanto não muito alto, produzia um certo movimento
nas camas e cadeiras a ponto de notarmos quando deitadas. Era um movimento em
trêmulo, mais que um abalo súbito. Podíamos perceber o abalo quando de pé no
solo. Nessa noite continuou até que dormimos. Eu não dormi até quase
meia-noite. Os rumores eram ouvidos por quase toda a casa. Meu marido ficou à
espera, fora da porta, enquanto eu me achava do lado de dentro, e as batidas
vieram da porta que estava entre nós. Ouvimos passos na copa, e descendo a
escada; não podíamos repousar, então conclui que a casa deveria estar
assombrada por um Espírito infeliz e sem repouso. Muitas vezes tinha ouvido
falar desses casos, mas nunca tinha testemunhado qualquer coisa no gênero, que
não levasse para o mesmo terreno. Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848,
resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não nos deixamos perturbar pelos
barulhos: íamos ter uma noite de repouso. Meu marido aqui estava em todas as
ocasiões, ouviu os ruídos e ajudou a pesquisa. Naquela noite fomos cedo para a
cama – apenas escurecera. Achava-me tão quebrada e sem repouso que quase me
sentia doente. Meu marido não tinha ido para a cama quando ouvimos o primeiro
ruído naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa começou como de
costume. Eu o distinguia de quaisquer outros ruídos jamais ouvidos. As meninas,
que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer
ruídos semelhantes, estalando os dedos.
Minha filha menor, Kate, disse, batendo palmas: "Senhor
Pé-Rachado, faça o que eu faço". Imediatamente seguiu-se o som, com o
mesmo número de palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então Margareth
disse brincando: "Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três,
quatro" e bateu palmas. Então os ruídos se produziram como antes. Ela teve
medo de repetir o ensaio. Então Kate disse, na sua simplicidade infantil:
"Oh! mamãe! eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer
nos pregar uma mentira".Então pensei em fazer um teste de que ninguém
seria capaz de responder. Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos,
sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo uma
pausa de um para o outro, a fim de os separar até o sétimo, depois do que se
fez uma pausa maior e três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à
idade do menor, que havia morrido.
Fontes:http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=82974.0 e
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